Hotéis baratos em Évora, Alentejo, Portugal
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Atrações em Évora
PRAÇA DE GIRALDO
Praça central da cidade histórica. Arcadas, fonte e Igreja de Santo Antão (Séc. XVI). Posto de Turismo. Comércio, serviços e restauração. Rua Cinco de Outubro (artesanato, restauração e alojamento).
CATEDRAL DE SANTA MARIA
Edifício monumental românico-gótico (Séculos XIII-XIV). Claustro e Museu de Arte Sacra.
LARGO CONDE VILA FLOR
Ruínas do templo romano (Séc. I). Museu de Évora. Biblioteca Pública de Évora. Igreja e Convento do Lóios (Pousada) (séc. XV-XVII). Palácio dos Duques de Cadaval (Séc. XVI). Serviço de trens puxado por cavalos.
CASTELO VELHO
Muralha tardo-romana (Cerca Velha). Ermida de S. Miguel. Palácio dos Condes de Basto (particular). Ruas Freiria de Cima e de Baixo. Museu das Carruagens. Solar dos Condes de Portalegre. Cabeceira da Catedral (Séc. XVIII).
UNIVERSIDADE ÉVORA/COLÉGIO DO ESPÍRITO SANTO
Igreja do Espírito Santo (Séc. XVI). Claustro dos Gerais e salas de aula (Séc. XVIII).
LARGO DA PORTA DE MOURA
Torres da porta tardo-romana. Janela manuelina-mudéjar da Casa de Garcia de Resende (Séc. XVI). Fonte e chafariz (Séc. XVI). Casa Cordovil com mirante mudéjar (Séc. XV-XVI). Rua da Misericórdia. Mirante mudéjar da Casa Soure (Séc. XVI). Igreja do Carmo (séc. XVI - XIII). Comércio, serviços e restauração.
PRAÇA DE SERTÓRIO
Edifício da Câmara Municipal de Évora (Séc. XIX). Termas romanas (Séc. II-III). Igreja e Convento do Salvador. Arco de D. Isabel (porta tardo-romana). Artesanato, restauração, alojamento e serviços.
IGREJA DA GRAÇA
Fachada renascentista (Séc. XVI). Claustro conventual (particular). Travessa da Caraça.
LARGO DE S. FRANCISCO
Igreja real de S. Francisco (Séc. XV-XVI). Claustro gótico. Capela dos Ossos (Séc. XVII). Palácio de D. Manuel (Séc. XVI). Mercado Municipal (Séc. XIX-XX). Centro de Artes Tradicionais (antigo Museu do Artesanato).
JARDIM PÚBLICO (Séc. XIX)
Palácio de D. Manuel (pavilhão sobrevivente do conjunto monumental do palácio dos reis portugueses) (Séc. XVI). Ruínas Fingidas (Séc. XIX) com elementos arquitectónicos mudéjares (Séc. XVI). Muralha medieval (Séc. XIV). Baluartes seiscentistas.
AQUEDUTO DA ÁGUA DA PRATA (Séc. XVI)
Troço monumental da época de D. João III (1533-37). Rua do Cano, Porta Nova, Rua do Salvador e Rua Nova. Fontes e chafarizes da Praça de Giraldo, Largo da Porta de Moura, Largo de Avis e Rossio de S. Brás. Caixa de Água renascentista na Rua Nova.
PERCURSOS URBANOS
JUDIARIA: Rua dos Mercadores, Rua da Moeda e Travessa do Barão. MOURARIA: Rua da Mouraria, Igreja de S. Mamede, Rua das Alcaçarias. PRAÇA JOAQUIM ANTÓNIO DE AGUIAR:Teatro Municipal Garcia de Resende.
MURALHAS MEDIEVAIS: Porta do Raimundo, Porta de Alconchel e Porta da Lagoa. Igreja e Convento dos Remédios, sala de exposições periódicas. Ao longo do percurso: comércio, serviços, restauração e alojamento.
Espaço Rural
RECINTO MEGALÍTICO DOS ALMENDRES
Maior conjunto de menires estruturados da península Ibérica e monumento megalítico europeu mais antigo (V milénio a. C.). Cerca de 13 Km a Oeste de Évora.
PERCURSOS AMBIENTAIS: Percurso Ambiental de Montemuro, Ecopista e Aqueduto da Água da Prata.
PORTA DE D. ISABEL
A Porta de D. Isabel fazia parte da muralha tardo romana, hoje conhecida por Cerca Velha. Esta porta, constituída por um arco perfeito de cantaria é a única sobrevivente em todo o recinto amuralhado da Cerca Velha. Marca a passagem da principal rua da cidade romana na direcção este-oeste - o Cardo Máximo -, da qual resta um troço de calçada bem conservado, sob o arco.
A muralha tardo romana, na qual esta Porta se insere, tinha cerca de 1.200m de extensão, e abrangia uma área de cerca 10ha. Estava protegida por fortes torres de cantaria, das quais ainda subsistem algumas, como as que defendiam as portas das Rua da Selaria (actual Rua 5 de Outubro) e da Porta de Moura.
O seu nome remonta ao séc. XVII, já que na Idade Média era conhecida pela Porta do Talho do Mouro. De facto, o arrabalde da Mouraria nova, era ali a dois passos.
TERMAS ROMANAS
Em 1987, na sequência de obras nos Paços do Concelho, descobriram-se as termas romanas da cidade. O complexo até agora estudado tem cerca de 300m2, orientando-se no sentido sul/norte e obedecendo aos cânones vitruvianos. Os espaços já conhecidos constam de:
Laconicum - Sala circular de 9m de diâmetro, destinada a banhos quentes e de vapor. No centro encontra-se um tanque circular de 5m de diâmetro, embutido no solo, com três degraus. O fundo do tanque é de opus signinum (argamassa feita de cal hidráulica, areia e tijolo míudo) e possui uma profundidade de 1.30 m. O laconicum está rodeado do seu sistema de aquecimento.
Praefurnium - Espaço visitável ao lado direito, que contém a fornalha, serviria de sistema central de aquecimento das salas adjacentes. Daqui o Laconicum era aquecido mediante combustão de madeira.
Natatio - Piscina rectangular de ar livre, rodeada de pórticos, com uma largura de 14.40 m e comprimento de 43.20 m. No lado leste da piscina eram lançadas as águas das termas, segundo se crê trazidas por aqueduto próprio que teria sido o antecessor do aqueduto de Água de Prata. Esta área não é visitável.
TEMPLO ROMANO
O templo fazia parte integrante do fórum de que se conhece a praça lajeada a mármore e uma estrutura porticada envolvente, onde provavelmente estariam lojas (tabernae).
Foi este templo edificado em meados do século I, consagrando-se provavelmente ao culto imperial. Possuía uma planta rectangular do tipo hexastilo-períptero, medindo 24.60 m por 14.19 m, assentando num podium de 4 m de altura. Na sua construção foi usado granito local, bem como mármore de Estremoz nos capitéis coríntios e na base. Um espelho de água em forma de U circundava-o.
A história do Templo confunde-se com a história de Évora. Na Idade Média foi utilizado como "açougue das carnes" (talho), sendo aí o principal ponto a retalho de venda de carne da cidade. Em 1870, decidiu-se repor a traça original disponível. Assim, e sob a orientação do italiano G. Cinatti, foi restaurado como hoje se exibe, ainda que sem cela, arquitrave, friso e muitas das suas colunas. Nesse processo colaboraram muitos nomes ilustres do tempo, entre eles Alexandre Herculano.
Em ex-líbris da cidade se tornou, ainda que nunca tivesse sido consagrado à deusa Diana, como popularmente se afirma.
CATEDRAL DE ÉVORA
A catedral de Évora, consagrada a Santa Maria, foi edificada entre 1283 e 1308, num período já de afirmação do gótico, mas onde ainda se assiste à permanência da linguagem decorativa românica. A catedral foi construída em terreno difícil, de forte inclinação, onde o engenho de arquitectos e o saber dos canteiros foi duramente posto à prova.
A Catedral tem três naves. Na central, podemos ver a imagem medieval da Nossa Senhora do Ó; defronte, o Anjo da Anunciação, obra posterior do flamengo Olivier de Gand. Se aí pararmos poderemos ver, em cima à direita, entre os arcos do trifório, um busto. É o arquitecto da catedral, que assim posa para a posteridade; as iniciais que exibe (C. E.), definem-no: Constructor Edit.
Estilos vários e épocas diversas caracterizam a catedral, dando-lhe todavia uma unidade particular. O claustro gótico é da primeira metade do século XIV. Aí está sepultado o bispo fundador - D. Pedro -; aí funcionou o primeiro concilium (concelho) da cidade, de que resta memória na pedra de armas mais antiga da cidade. O arco da capela do Esporão é a primeira manifestação do Renascimento em Évora; a capela-mor é barroca (substituiu a abside gótica em 1717), obra de D. João V, com mármores alentejanos engalanando-a; já o cadeiral do coro é quinhentista, com desenhos flamengos. Saliente-se ainda o museu de Arte Sacra, com rico espólio. Aqui também funcionou a Escola Polifónica da Sé de Évora, que, sobretudo em Quinhentos, teve grande projecção, sob a protecção do Cardeal-Rei D. Henrique.
No portal, por entre marcas de canteiros medievais que na pedra deixaram a sua memória, salientam-se o apostolado, obra de grande sensibilidade artística, reflectindo no mármore a visão medieva da palavra divina, transmitida sob a forma de recado, de conselho, de aviso.
PRAÇA DE GIRALDO
A meio do percurso deste roteiro, eis que o visitante chega à Praça Grande, a actual Praça do Giraldo, herdeira do "chão" onde se fez a primeira feira franca eborense, ainda em tempo de D. Dinis. Era a confluência de percursos urbanos polarizados pelos mosteiros mendicantes de S. Francisco e S. Domingos.
Rompida a Cerca Velha, Évora crescia rumo à muralha fernandina do séc. XIV. Aqui estava o centro político e o centro religioso: de um lado os paços do concelho, do outro a igreja de Stº. Antão, que iniciou o estilo "chão" alentejano, e que foi erguida sobre a primitiva igreja gótica de Antoninho. Espaço também de quotidianos. Nas arcadas a toda a volta se fazia (e faz) o comércio. Aqui se fizeram autos-de-fé, torneios, justas e touradas. Aqui estava o pelourinho e a Casa de Ver o Peso; aqui ficavam os antigos Estáus da Coroa, que ocupavam o quarteirão entre a antiga Rua da Cadeia e a Rua do Raimundo. Aqui está a fonte henriquina, construída sobre um antigo chafariz incluso num pórtico, e onde terminava a água trazida ao longo de 18km, desde as fontes da Prata.
IGREJA REAL DE S. FRANCISCO
Com o triunfo da dinastia de Avis, em 1385, com a chegada das riquezas do Oriente, Évora assume-se cada vez mais como centro político e vila cortesã. Muitos foram os reis que aqui passaram, tornando-se cidade preferida de monarcas. Aqui começaram a surgir edificações que a enobrecem. A igreja conventual e palatina de S. Francisco, edificada por D. João II e concluída no reinado de D. Manuel I, foi construída sobre uma primitiva igreja gótica do século XIII.
A fachada destaca-se pela volumetria dos coroamentos, constituídos por coruchés cónicos, por gárgulas de cariz zoomórfico, por ameias chanfradas e por um pórtico onde se exibem os emblemas régios dos dois monarcas seus mecenas.
Exemplar notável do tardo-gótico alentejano, a igreja tem uma só nave (uma das maiores de Portugal), ladeada por capelas comunicantes. Na abóbada ogival estão de novo patentes os símbolos que a ligam à expansão e aos seus fundadores: a Cruz de Cristo, o pelicano de D. João II, a esfera armilar de D. Manuel I. À direita do altar-mor, as janelas serviam para que os reis assistissem à missa, vendo assim o padre de frente, numa época em que o sacerdote oficiava sempre de costas para os fiéis.
IGREJA E CONVENTO DA GRAÇA
Em plena expansão portuguesa, as ambições imperiais gravaram-se nas pedras da Igreja da Graça. Edificada em formas clássicas tão ao gosto do Renascimento, a Igreja foi feita talvez para servir de túmulo ao seu mentor: D. João III. O arquitecto foi Miguel de Arruda. Também aqui trabalhou Nicolau de Chanterene, o mais notável escultor francês que entre nós, no século XVI, desenvolveu a sua arte; são da sua autoria, além da fachada da igreja e janelas da capela-mor, os túmulos dos patronos - D. Francisco de Portugal e esposa - hoje expostos no Museu de Évora.
É uma das mais significativas obras do nosso Renascimento, para o que contribuiu a cultura humanista de D. João III. Ele mesmo mandou gravar na fachada um título de pendor romano: "Pai da Pátria". No pórtico, em cima, temos então as marcas do sonho do Império: os "quatro meninos da Graça", as estátuas dos gigantes (ou atlantes) que carregam as quatro partes do mundo onde os portugueses aportaram.
LARGO DA PORTA DA MOURA
Em pleno Renascimento, Évora cobre-se de monumentos. Grandiosos uns, mais utilitários outros, mas todos dignos de realce. Como a fonte renascentista de 1556, obra de Diogo de Torralva, mandada erigir pelo maior mecenas da cidade, o Cardeal-Rei D. Henrique. O seu chafariz era um dos principais pontos de abastecimento de água na cidade antiga. Esta fonte foi construída com donativos públicos dos vizinhos do largo; um dos que participou foi o mais afamado tipógrafo da cidade, André de Burgos.
Outros motivos de interesse tem este Largo da Porta da Moura. Defronte da fonte, a casa Cordovil, com o seu mirante em manuelino-mudejar, mescla do estilo próprio da expansão (o manuelino), com o estilo de inspiração mourisca (o mudéjar).
Entre as torres que guardam a antiga Porta de Moura, situa-se a janela manuelina chamada de Garcia de Resende, poeta e cronista eborense do Renascimento português, e autor do Cancioneiro Geral, (compilação de toda a tradição poética portuguesa do século XV e XVI).
UNIVERSIDADE DE ÉVORA / COLÉGIO DO ESPÍRITO SANTO
Em 1551, com o patrocínio do Cardeal-Rei D. Henrique, foi instituída a Universidade de Évora, sob orientação jesuíta. Sete anos mais tarde, o papa Paulo IV, deu-lhe concede-lhe a necessária bula. Aqui se leccionavam os cursos de Teologia, Filosofia, Matemática e Retórica.
Cedo a universidade eborense se assumiu como um bastião do saber, apesar do controle inquisitorial. As suas instalações, de raiz, eram consideradas modelares, melhores de resto que as da sua congénere coimbrã. No seu conjunto monumental salientam-se o Claustro dos Gerais com dupla galeria de ordem toscana; a Sala dos Actos, em estilo barroco; os azulejos historiados com alusões a autores clássicos (Platão, Virgílio, Aristóteles, Arquimedes); a igreja maneirista do Espírito Santo (séc. XVI); a capela seiscentista de Nossa Sª. da Conceição; a antiga livraria. Numa galeria do andar cimeiro, uma estátua do historiador eborense Túlio Espanca - autodidacta aqui sagrado Doutor Honoris Causa - vela por este templo do saber.
Extinta no século XVIII (1759), a Universidade retornou à cidade em 1979.
PORTA DO MOINHO DE VENTO
O fim deste percurso não é isento de simbolismo. Aqui, na Porta do Moinho de Vento, chegámos ao local onde as cercas se tocam: a velha e a nova, isto é, onde muralha nova medieval se encontra com a velha muralha romana. Na verdade, a poucos metros, à esquerda, temos a Porta de D. Isabel, onde começámos esta viagem pelo tempo e pela História de Évora. Para trás deixámos a soberba vista do Palácio dos Condes de Basto, obra quinhentista edificada sobre o antigo castelo da cidade (Alcáçova Velha); para trás deixámos o troço de muralha romana onde assentam a actual pousada e a Igreja dos Lóios.
O topónimo "Porta do "Moinho de Vento", remonta ao séc. XIII, mas o local certo levantou dúvidas durante muito tempo. Este topónimo referiu-se, até ao século XV, a uma outra porta já desaparecida, passando, depois, a designar a actual. Aqui nasce a cerca fernandina (a "cerca nova"), que se estende por 3 km, e onde originalmente se abriam 10 portas.
Neste local, reencontram-se as idades Évora. O ciclo fecha-se. Ou volta a abrir-se, na cidade Património da Humanidade.