De configuração triangular, a Índia, sétimo maior país do mundo, situa-se no Sul da Ásia, protegida a norte pela cordilheira dos Himalaias e vais estreitando à medida que se projeta pelo Oceano Índico.
Faz fronteira com o Paquistão, a noroeste, com a China, o Nepal e o Butão, a norte, e com o Bangladesh e Myanmar (Birmânia), a leste. O Sri Lanka é a ilha em forma de lágrima situada no extremo sul. A Índia abrange uma superfície de cerca de 3.287.000 km2, embora as disputas de fronteiras com o Paquistão e a China tornem este número um pouco arbitrário..
O Norte da Índia abrange os cumes permanentemente nevados e vales profundos dos Himalaias e a vasta planície do Ganges, que separa a região dos Himalaias da península meridional, estendendo-se do mar Arábico até ao golfo de Bengala. A sul das planícies estende-se um planalto de forma triangular, denominado Decão, cuja altitude varia entre os 300 m e os 900 m. Este planalto está rodeado pelos Ghats Oriental e Ocidental - cordilheiras que correm ao longo das costas oriental e ocidental da Índia e separam as férteis faixas costeiras do interior.
É habitual afirmar-se que a vida selvagem na Índia gozou de uma posição e proteção privilegiadas graças aos ideais e sentimentos religiosos dos hindus, jainas e budistas, mas grande parte desta tradição perdeu-se.
As grandes caçadas realizadas pelos britânicos e pelos rajás indianos, o derrube, em grande escala, de florestas para cultivo, os caçadores furtivos, os pesticidas e o incessante crescimento populacional tiveram consequências desastrosas no meio ambiente na Índia. Atualmente, o país só possui cerca de 10% de área florestal e apenas 4% está protegida em parques e reservas nacionais. Nas últimas décadas, o governo tem vindo a adotar sérias medidas de proteção ambiental, tendo criado mais de 350 parques, santuários e reservas naturais.
Entre os maiores atrativos da fauna da Índia estão os leões, tigres, leopardos, panteras, elefantes e rinocerontes, mas o país é também o habitat de várias espécies de veados e antílopes, búfalos selvagens, gigantescos bisontes indianos, ursos-beiçudos, hienas-raiadas, javalis, chacais e cães selvagens indianos. Existem ainda várias espécies de símios, nomeadamente o macaco-rhesus, o capuchinho (Macaca radiata) e o vulgar langur-de-cauda-comprida. O universo dos répteis inclui cobras-capelos, pitões, crocodilos, enormes tartarugas de água doce e lagartos-monitores. As aves contam com espécies como grandes calaus, águias-serpentes, mochos-pescadores e o elegante pavão, que é a ave nacional.
O clima varia imenso desde os desertos áridos do Rajasthan ao clima fresco das terras altas de Assam - alegadamente o lugar onde mais chove em todo o mundo.
A Índia possui três estações do ano – a estação quente, a estação das chuvas e a estação fria.
O calor começa a fazer-se sentir nas planícies setentrionais por volta de Fevereiro tornando-se insuportável em Abril. Os primeiros sinais da monção surgem em Maio e caracterizam-se por um elevado nível de humidade, chuvadas torrenciais de curta duração e trovoadas violentas. As chuvas da monção começam por volta de 1 de Junho no extremo sul e vão avançando para norte, abrangendo todo o país no início de Julho.
A monção não torna o clima mais fresco, mas constitui um grande alívio, sobretudo para os agricultores. A monção principal vem de sudoeste, mas a costa sudeste é afetada pela monção de nordeste que, apesar de breve, traz consigo grandes chuvadas, que duram desde meados de Outubro até final de Dezembro. A principal monção termina por volta de Outubro e as noites de Dezembro nas cidades do Norte da Índia tornam-se bastantes frias e secas. No extremo sul nunca faz frio e as temperaturas são bastante amenas.