Os faraós do Império Novo, originários de Tebas, acreditavam que o seu futuro no além dependia diretamente da boa conservação das suas múmias e tesouros, e assim fizeram-se sepultar em colinas e vales, locais onde as entradas dos túmulos podiam ser mais eficientemente guardadas e camufladas, contrariamente aos faraós anteriores que se faziam sepultar em pirâmides que eram mais facilmente pilhadas.
Mesmo assim os profanadores de túmulos não deixaram quase nenhum túmulo intacto, e ao longo dos séculos descobriram as entradas e fizeram as suas pilhagens.
Suspeita-se mesmo que muitos foram profanados pouco tempo depois das cerimónias fúnebres, possivelmente pelos próprios sacerdotes.
Os túmulos foram escavados na rocha e alguns são autênticas maravilhas de engenharia: o de Séti I tem o comprimento de 100 metros, ao passo que o do grande Ramsés II possui mais de 100 câmaras.
As paredes foram cobertas de decorações e inscrições relacionadas com a vida passada e futura do ocupante do túmulo. O Túmulo de Séti I é considerado o mais belo, e tem estado fechado ao público, e o mais famoso é certamente o do jovem rei Tutankhamon, descoberto intacto em 1922 pelo arqueólogo Howard Carter e cujos tesouros se encontram em exposição no Museu Egípcio do Cairo.