Acredita-se que a ocupação do Japão por grupos humanos remonta ao Paleolítico, sendo a data 35.000 a.C. oficialmente aceite para a primeira presença humana.
Na década de 80, a descoberta de estruturas submersas com mais de 10.000 anos em Yonaguni-jima permitiu aos vários historiadores e arqueólogos que concluíssem que terá existido uma civilização anterior á Idade da Pedra.
Da era Jomon á era Yayoi
A história Japonesa costuma ser contada a partir do período posterior ao Neolítico, denominado de era Jomon. Iniciada no ano de 8.000 a.C., a era de Jomon é o início de uma cultura nómada com base na sobrevivência através da Caça e Pesca e no aperfeiçoamento de técnicas como a cerâmica.
Entre os 250 a.C e os 250 d.C, o fluxo migratório vindo do continente permitiu o início da cultura do arroz. A introdução de técnicas combinadas entre madeira e metal passaram a ser utilizadas não são como armas, mas essencialmente como instrumentos agrícolas.
A exigência de todo um coletivo de trabalho provocou modificações ao nível económico, social e até mesmo politico. Inicia-se assim uma cultura predominantemente agrícola e tribal, típica da era Yayoi. Documentos referem-se a uma “nação de cem reinos”. As lutas entre os diferentes reinos foram-se intensificando, até a paz regressar com a consolidação de Yamato através do domínio de várias nações como a de Kyushu e a de Izumu. Em todo o seu esplendor, o Tennô (Imperador) de Yamato mandou chamar artesãos do continente (actual China e Coreia) para ensinar artes até á altura desconhecidas. Mas de todos os ensinamentos, o mais importante, até aos dias de hoje, foi o budismo e a escrita em formas de ideogramas, o Kanji.
Do ensinamento budista á origem dos samurais.
A consolidação do reino de Yamoto torna-o num estado unificado, em que as relações com a vizinha China eram uma constante. O príncipe Shotoku impôs nova disciplina de trabalho aos seus funcionários tendo por base os ensinamentos do educador Chinês Confúcio. É na regência do designado príncipe que tem o início da doutrina de Buda e igualmente a proliferação dos templos budistas, sendo o mais famoso e importante, o Templo Hôryuji na cidade de Nara. Consequentemente, em 710 Nara torna-se capital. A interferência nos assuntos de estado por parte dos monges aumentaram e igualmente os conflitos. A alteração de capital foi eminente. Nara foi trocada por Heian (Kyoto).
O rompimento com o sistema chinês significou o retorno ás formas nativas. O imperador gradualmente perde poder, assim como os aristocratas perdem terras e os próprios monges budistas perdem títulos de fazendeiros influentes. Os constantes ataques das tribos nómadas do norte por soldados profissionais, obrigou os governadores das províncias a formarem uma guarda profissional particular, dando á origem aos samurais.
Da modernização aos tempos modernos
Após mais de 100 anos de lutas entre líderes Shoguns, teve inicio a conhecida era Restauração Meiji”.
Graças ao regresso de um governo centralizado na figura do imperador, foi possível a reconstrução do país. Como primeira medida, o designado imperador aboliu a classe guerreira dos samurais passando estes a ser meramente lembrança do passado. Era urgente a modernização do Japão para responder ás necessidades capitalistas que gradualmente se desenvolviam a nível mundial.
O crescimento da economia do Japão durou enquanto a Europa lentamente recuperava da Primeira Grande Guerra Mundial. Os produtos japoneses perdem espaço no mercado, e consequentemente regressa a recessão.
Em 1926 tem o inicio da era Shôwa tendo como principal figura, o imperador Hirohito.
Considerado um dos mais longos governos do Japão moderno (de 1926 a 1989), o imperador governou um país com uma economia debilitada pelo Crash da Bolsa de Nova York, uma Guerra Mundial II e respectivo peso da derrota, e os horrores da bomba atómica. As sucessivas campanhas militares chinesas impedem a realização de trocas comercias, nomeadamente com os Estados Unidos, principal vendedor de matérias-primas como o petróleo, chegando mesmo á sua suspensão.
Como medida de retaliação, em 1941 a aviação japonesa ataca a base norte americana de Pearl Harbour, declarando guerra aos Estados Unidos e respectivo aliado Britânico. Contudo a entrada do Japão na guerra estava condenada. As forças aliadas ocupam o Japão, eliminando os ideais imperialistas e restaurando a democracia. Uma década depois, o Japão mostrava sinais de recuperação, conhecido como o milagre japonês. Os ensinamentos americanos quanto ao aumento da produtividade, a melhoria na qualidade dos produtos e adoção de métodos de trabalho fazem com que o Japão se torne numa ameaça aos Estados Unidos como segunda potência económica.
Em 1989, os japoneses perdem o seu líder que acompanhou os momentos mais difíceis do país. Contudo o Japão ultra moderno ainda perdura e hoje é o principal exportador de produtos manufacturados e detentor da tecnologia de ponta em quase todos os sectores industriais.