Apesar de relativamente abrigada da nortada fria, esta é uma praia tranquila devido aos difíceis acessos viários e ao extenso trilho pedonal até à praia, que percorre as bancadas calcárias da arriba.
Na área envolvente dominam os campos agrícolas e de pastagem e é comum o avistamento de aves de rapina, sobretudo falcões, em busca de alimento. É a última praia a ocidente antes do cabo de S. Vicente e espanta pela beleza e diversidade de formações rochosas, a que não será alheio o facto de ser este o ponto de encontro entre o maciço de xisto, de tons negros, que aflora na costa ocidental (antiga cadeia de montanhas muito enrugada e deformada) e a orla sedimentar meridional, composta por arenitos alaranjados, pelo grés de Silves decor ruiva e por calcários de tom claro, caprichosamente esculpidos. Diversas plantas aromáticas colonizam o lapiás calcário (rocha muito rendilhada pela erosão) da arriba e junto da linha de água que alcança o areal desenvolve-se vegetação exuberante, com tamargueiras e caniços.
Notas: O trilho pedonal até à praia apresenta média dificuldade. No areal existe a possibilidade de deslizamento de pedras, pelo que se deve ter atenção à faixa junto às arribas.
Acesso: Viário alcatroado a partir de Sagres, não sinalizado, seguindo na direcção do Cabo de S. Vicente (EN 268) e depois para a Torre de Aspa. Após cerca de 5 km em estrada alcatroada, percorrem-se ainda 2 km de caminho difícil em terra batida, recomendado a veículos todo-o-terreno, na direcção do mar. Estacionamento não ordenado, sem equipamentos de apoio nem vigilância. Orientação: oeste e sudoeste.