A visita ao Irão traduz-se por uma jornada fascinante, num país complexo e incomum, onde o estrangeiro desperta um sorriso.
Num pais com 2500 anos de história, todo o tempo do mundo parece pouco para se perder nos infindáveis corredores dos bazares, percorrer as estradas poeirentas que desafiam os imensos desertos ou simplesmente apreciar com calma um chá, quente e forte…
Natureza
A característica fundamental da fauna e da flora é o enorme contraste que oferece o território iraniano.
Relativamente à flora, nos densos bosques da região norte pode-se observar carvalhos, bordos, faias e buxos, enquanto que as montanhas estão cobertas de arbustos selvagens como o ruivo e a anileira, entre outras. Nas regiões mais temperadas, junto as margens do Rio Kevir encontram-se, entre outras, bananeiras, pinheiros e nogueiras.
Quanto á fauna, habitam nas montanhas tigres, lobos, ursos, panteras, raposas, leopardos e chacais. Os desertos acolhem diferentes tipos de serpentes e zebras sem raios, uma espécie endémica do Irão, enquanto que nas ladeiras das montanhas pode-se observar gazelas, carneiros, bodes e ovelhas.
Nos diversos rios iranianos desenvolve-se o esturjão, o peixe mais significativo do país que produz o melhor caviar do mundo.
Quando e como ir
Os meses de Março, Abril, Outubro e Novembro, correspondentes á primavera e ao Outono iranianos, são os meses mais recomendáveis para quem pretende visitar este país, pois a amplitude térmica é mínima.
Dependendo do local a visitar, as restantes épocas tem as suas vantagens e desvantagens.
O inverno é a época ideal para quem visita o Golfo Pérsico, com temperaturas médias a rondar os 20º C e uma humidade relativa baixa. Em contrapartida, visitar a região norte torna-se uma missão quase impossível uma vez que as estradas de acesso às montanhas fecham devido às frequentes tempestades de neve.
Na época de verão, entre os meses de Maio a Setembro, o mercúrio dos termómetros rapidamente atinge os 40ªC, especialmente nas regiões desérticas, motivo pelo qual são se aconselha a visita a estas áreas. Mesmo os locais aproveitam o período mais quente do dia para descansar.
Irão, provavelmente o mais bonito país do Mundo.
Onde Ficar:
A melhor seleção de Hotéis com desconto e promoções de Férias no Irão
O que Fazer:
Zonas de interesse
Teerão / Férias em Teerão
Conhecida como a capital do Império Persa, a cidade de Teerão é atualmente uma cidade cosmopolita e de infraestruturas modernas, elementos comuns a uma verdadeira metrópole.
Por esse mesmo motivo Teerão diz-se ser uma das cidades mais poluídas do planeta Terra.
Entre os diversos edifícios arquitetónicos, as construções mais emblemáticas são o Palácio de Golestan, construído no século XVIII, na dinastia de Qajar; e Bory-e-Azadi, também conhecido como o “Monumento da Liberdade”, uma impressionante construção em forma de “Y” invertido que comemora o 2500º aniversário do Império Persa.
A melhor seleção de Hotéis com desconto e promoções de férias em Teerão, Irão
Yazd
A cidade de Yazd é uma das mais antigas do Irão, ou não fosse a cidade berço do Zoroastrismo. Fundada por Zoroastra, esta é a religião monoteísta mais antiga do mundo e, que para além de preceder, teve uma forte influencia nas religiões judaica, cristã e islâmica.
A cidade de Yazd é sem duvida um lugar especial para quem pretende aprofundar esta fascinante filosofia, que foi a primeira a postular um único Deus, criador do universo e as noções de bem e do mal, do paraíso e do inferno.
Yazd é também um exemplo vivo de uma típica cidade deserto, cuja arquitetura está determinada pelas tão características condições climatéricas adversas, ventos e temperaturas extremas.
A criatividade arquitetónica está também presente em algumas das construções mais importantes desta cidade, dos quais destacam-se as mesquitas de Amir-Chakhamagh e Yomeh, esta ultima datada do século XIII e distingue-se pelo seu pórtico decorado com um dos maiores minaretes do Irão alguma vez visto.
Outros pontos de interesse para visita são o Jardim Dowlat Abud, o Templo do Fogo e as Torres do Silencio Zoroastras.
Kerman
A atual cidade de Kerman foi desde a antiguidade atravessada por uma série de rotas comerciais que se estenderam ao longo de 8000km, desde o mediterrâneo à China.
Por Kerman passaram não só produtos, mas também gentes com os seus hábitos e ideologias refletindo-se numa rica e complexa herança cultural, tal facto presente em Ganje Ali Khan, uma antiga estância termal, em tudo muito semelhante aos antigos banhos romanos e atualmente transformada num museu.
Porem, por toda a cidade e arredores predomina uma forte identidade persa como a Mesquita Yame, construída no século XIII e o Bazar Vakil.
Mahan, uma pitoresca vila próxima a Kerman é outro testemunho imponente dessa identidade persa, refletindo uma tradição estética típica como o Mausoléu de Shah Nematollah-e-Valli cuja cúpula está adornada de inscrições em relevo, sobre um fundo lápis-lazúli, bem como uma das maiores heranças culturais, o famoso jardim Persa de Shahzadeh ou Jardim do Príncipe como é conhecido.
Local de repouso e contemplação, cuja beleza reflete a perfeição do criador divino, investido de uma sofisticação geométrica e de uma grandeza estética, o jardim persa torna-se, com a adoção do Islão, numa verdadeira alegoria ao paraíso.
Shiraz
Também conhecida a “cidade das flores e dos poetas”, Shiraz é atualmente local de culto para muitos amantes da literatura pois esta é a cidade que guarda os túmulos de dois famosos poetas, Hafez e Saadi. Para além da peregrinação motivada pelo culto da literatura, Shiraz guarda um conjunto de vestígios de um tempo em que foi o centro político e um lugar privilegiado de residência real, do qual se destacam a Escola Tecnológica de Khan, o Jardim de Eram e a Mesquita de Nasir – o – Molk, construída em 1887 e os seus ex-libris são os pórticos, as cúpulas e os painéis harmoniosamente decorados que sustentam os tetos da sala de decoração.
Persepolis
Fundada há 2500 anos por Dário, o Grande, e antiga capital de um vasto império, Persepolis foi concebida como uma vitrina do esplendor imperial, mais do que, como sede do governo. Inundada e saqueada por Alexandre Magno, atualmente as ruínas de Persepolis permanecem misteriosas para a contemplação do visitante, que podem ser visitadas em apenas um dia, partindo de Shiraz.
As ruínas encontram-se ao pé de uma colina onde se salientam umas colossais colunas de mármore temperado pelo tempo e coroadas por capitéis de cabeças de touro, e escavado nas colinas estão as designadas Naghshe – Rostam, também conhecida como o “Vale dos Reis”, túmulos de antigos reis Pré-Aqueménides e Aqueménides.
Declarado Património da Humanidade pela UNESCO em 1979, e mesmo com os seus segredos desvendados, ainda é um lugar que faz sonhar.
Isfahan
Isfahan, a pérola da arquitetura do Irão, a cidade magica, que dela dizem ser, segundo o ditado persa “metade do mundo”. Para além da sua organização urbanística, Isfahan beneficia com a presença do rio Zayahdeh, que sobre este foi construído a ponte de Sio Se Sol (a “Ponte dos 33 Arcos), cujos arcos ganham vida com a sua suave iluminação noturna e por ser ponto de encontro dos habitantes de Isfahan nos aprazíveis finais de tarde primaveris.
A cidade ganha vida com a monumentalidade da sua arquitetura. A Praça Naqsh-e-Shah é o ex-libris de Isfahan pois é aqui que se encontram três das obras primas da arquitetura mundial: o Palácio de Qapou, o Palácio Chehel Sotum, também conhecido como o Palácio das 40 colunas, a Mesquita de Sheikh-Lotfollah, de uma delicadeza comovente e a Mesquita de Íman, o apogeu de um estilo e de uma capacidade construtiva que não tem muitos rivais no mundo.
A tranquilidade dos pátios e das madrasas laterais, as cúpulas gigantes de um verde-azul extraordinário, os elegantes minaretes que espreitam por trás de um portal desmesurado e os azulejos de um azul refrescante, cobertos de uma caligrafia fina e das mais belas flores do paraíso justificam cada um dos vinte e seis anos que levou esta maravilha do mundo islâmico a ser construído.
Kashan
A atual cidade de Kashan é famosa pelas suas majestosas habitações, autenticas casas do século XIX, cuja criatividade arquitetónica está presente na construção baseada em tijolos e lamas, e uma cobertura em camadas com palha. A Casa Borujendi é um exemplo típico arquitetónico, cujos tetos das majestosas salas estão decoradas com vidros espelhados e magníficos vitrais.
Cultura
As primeiras produções artísticas da cultura iraniana remontam ao século V a.C. e consistiam em figuras de barro e vasilhas de cerâmica feitas sem torno e decoradas com pinturas que
imitavam o trançado do vime. O conhecimento da metalurgia dá lugar ao desenvolvimento de uma notável indústria do bronze, sendo que os baixos-relevos, especialmente os que sobreviveram em Persepolis, Naqsh-e-Rostam e Passagarda demonstram a grande habilidade dos antigos construtores.
Com o aparecimento do Islão diversificaram-se as manifestações artísticas, nomeadamente a literatura. Fidursi (o “Paradisíaco”) que viveu no século X é considerado o criador da poesia épica da literatura neo-persa. A sua obra principal é “Shahname”, o “livro dos Reis”, que relata antigas lendas persas ao longo de sessenta mil versos duplos.
Festivais e eventos
Um dos maiores incentivos para quem visita o Irão é o desenvolvimento entre a herança de um passado milenar onde se vivia ao ritmo do deserto e da oração, e uma atualidade vertiginosa. Este desenvolvimento está presente nos três diferentes calendários festivos iranianos: o calendário persa, de origem zoroastrica; o calendário lunar muçulmano, em vigor em todos os países muçulmanos e pelo qual se regem as festas religiosas; e o calendário gregoriano, igual ao calendário do ocidente.
Entre as festas mais importantes destacam-se: o “Ramadão”, um mês de jejum para todo o muçulmano; “Eid e Fetr”, o fim do Ramadam; “Moharram”, a comemoração do aniversário do martírio do terceiro Imã, Hussein, durante um mês inteiro: a 9 de Setembro, o aniversário do nascimento do profeta Maomé; a 11 de Fevereiro, a comemoração da vitória da Revolução Islâmica e Aniversário da tomada do poder pelo Imã Khomein em 1979 e consequente derrota da monarquia persa; de 21 a 24 Março a celebração do Ano Novo Iraniano; a 01 de Abril o dia da Republica Islâmica; e a 04 de Julho, o aniversário da morte do Imã Khomein em 1989.