A Síria foi palco de importantes acontecimentos que remontam aos tempos das mais antigas civilizações, e ainda hoje se encontram as marcas que narram a história das influências e rivalidades da Mesopotâmia e Egipto.
Por terras sírias passaram Alexandre - O Grande, várias legiões romanas e mais tarde, os cruzados, árabes e otomanos, numa amálgama de culturas que enriqueceram a região.
Desenvolveram-se então grandes cidades na região como a mítica Palmira, uma das mais originais, e que era ponto de descanso das caravanas que percorriam o deserto e ainda Damasco, tida como uma das cidades mais antigas da história, deixando para traz a poderosa cidade de Roma e a mítica cidade de Jerusalém.
Com o apogeu do Islão, a Síria foi um dos focos mais brilhantes da civilização árabe, sobretudo durante a época do califado Omeya e da Dinastia dos Hamdaníes.
No entanto, a sua localização estratégica conduz à divisão do seu território. Os cruzados estabeleceram-se na Síria, construindo importantes fortificações como o Crac dos Cavaleiros.
Em 1516, a Síria passa a fazer parte do Império Otomano até 1918, quando foi então divida em duas partes, uma sob mandado francês, e que compreendia a Síria e o Líbano atual e a outra, sob mandado britânico, composta pelas Palestina, Transjordânia (atualmente Israel e Jordânia) e pelo Iraque.
Consegue a sua independência em 1946, e desde então passou por numerosos momentos de instabilidade. Em 1958 uniu-se ao Egipto para formar a República Árabe Unida (R.A.U.), da qual se separou depois do levantamento militar de 28 de Setembro de 1961, convertendo-se na República da Síria. Em 1963, com a entrada no poder de um novo partido que empreendeu uma serie de profundas reformas sociais e económicas, o país ficou constituído como República Popular da Síria. Em 2000, sobe ao poder Bashar al-Assad, depois de 30 anos de governo do seu pai.
De 2011 até à presente data a Síria tem vivido uma situação continua de guerra. Primeiro a contínua guerra civil síria inspirada pelas revoluções da Primavera Árabe. A partir de 2013, aproveitando-se do caos da guerra civil na Síria e no Iraque, um grupo autoproclamado Estado Islâmico começou a reivindicar territórios na região.
Para escapar da violência, mais de 2,1 milhões de refugiados sírios fugiram para os países vizinhos, como Jordânia, Iraque, Líbano e Turquia. Estima-se que 450 mil cristãos sírios fugiram de suas casas.
Como a guerra civil se arrasta há anos, existem fortes preocupações de que o país possa fragmentar-se e deixe de funcionar como um Estado único.