Ao longo dos últimos dois anos tem sido um verdadeiro martírio viajar. Escolhemos um destino, começamos a planear o itinerário e quando chega a altura de pensar em marcar, eis que surge uma nova variante do Covid ou os números começam a subir e então é melhor esquecer o que já estava planeado.
Há aquela máxima de que o português não sabe planear, pois bem os tempos de pandemia adaptam-se na perfeição. Enquanto isto durar não vale a pena planear nada!
Para quem quiser arriscar um destino no estrangeiro é só ir até ao Aeroporto com testes PCR feitos e ver se existe alguns lugares vagos de última hora peara qualquer destino… e mesmo assim, muito pode mudar durante a viagem.
Face a tudo isto, este Dezembro optamos por um fim-de-semana cá dentro, na semana antes do Natal. O itinerário escolhido foi Aveiro, Águeda, Arouca e Fátima.
Aveiro é sempre um destino especial, a conhecida “Veneza de Portugal”, apesar de estar numa fase de obras de melhoramento, continua com o seu charme único.
Águeda, famosa pelo festival AgitÁgueda – Art festival, evento que dá cor a toda a cidade, contando com a presença de centenas de artistas nacionais e internacionais, veste-se também a rigor durante o período do natal e nem os tempos de pandemia, impediram esta cidade de ter a decoração de Natal mais bela e espetacular que vistamos este ano. Os guarda-chuvas coloridos que cobrem as várias ruas combinam de forma espetacular com as iluminações de natal.
Arouca era desde há algum tempo um destino que fazia parte da nossa lista de desejos, graças ao seu famoso Arouca Geoparque, passadiços do Paiva e claro, a maior ponte suspensa do mundo.
As expetativas já eram altas mas, apesar disso, o charme único desta cidade do interior aliado à simpatia das suas gentes conquistou-nos com relativa facilidade. Foram dois dias inesquecíveis passados entre o centro histórico da cidade, Arouca 516 e Passadiços do Paiva e Serra da Freita onde ficou ainda muito para ver. O ideal para Arouca é ficar pelo menos uma semana de forma e explorar e descobrir calmamente toda a beleza das montanhas que circundam a cidade.
Por fim uma paragem em Fátima para comprar algumas lembranças, acender algumas velas e rezar para que a Pandemia acabe depressa e esperar que o divino faça o que o homem parece ser incapaz de fazer.