Historia do Uzbequistão

Apesar de existirem vestígios arqueológicos que remontam a 4000 a.C., a presença humana mais antiga remonta a 2000 a. C. com as diversas civilizações existentes, Sogdiano, Bactria e Khwarezm, facto pelo qual resultou numa cultura original, síntese de muitos elementos destes estados. No século IV a.C., os seus territórios foram integrados no já vasto império persa de Aqueménides e desde então mantém preservada a cultura persa até aos dias de hoje.

A conquista do império persa por Alexandre, o Magno iniciada no ano de 334 a.C., culminando com a conquista de importantes regiões como Sogdiana e Baltria, em pouco ou quase nada ajudou Alexandre, pelo que a resistência popular foi intensa. Apenas com a celebração do casamento entre o próprio e Roxana, filha de Oryartes, chefe de Sogdiana, tem inicio o processo de fusão cultural e entre o Ocidente e o Oriente.

Apesar da aparente solidez desta fusão, a morte de Alexandre em 323 a. C estabelece a desfragmentação em pequenos reinos, dos quais Sogdiana ficou integrado no reino de Selucidas, resultando numa estrutura política frágil. Consequentemente, multiplicam-se as tribos nómadas com os Partos, os Tocarios e os Kusana que, após um século de conflitos entre as diversas divisões, foram os responsáveis pela unificação das tribos, constituindo o império Kusana.

Contemporâneo ao império romano, o império Kusana restabelece a vida urbana na Ásia Central provocando a renovação das relações comerciais entre o Ocidente e Oriente, através da tão famosa Rota da Seda, sendo a seda chinesa, os produtos de luxo da India e os metais europeus, as principais mercadorias de intercâmbio. Durante este período, a designada Ásia Central carece de uma identidade cultural definida, ao convergirem nela, diferentes influências presentes nas diversas religiões e divindades adoradas, desde Hércules até Buda, passando pelo Hindu Siva ou Serapis.

Uma nova onda migratória, datada do século IV d. C., coloca novamente a Ásia Central sob o domínio persa não interrompendo os contactos comerciais entre o Ocidente e Oriente, tendo portanto um impacto muito limitado na vida da região, à exceção da religião. À crescente influencia budista nos últimos anos de doutrina Kusana sucedeu uma revitalização do culto Zoroastra, região de origem persa que predica com base na igualdade e sinceridade. Assim ficou a situação até ao surgimento de um novo fenómeno religioso cultural e político, o domínio árabe, que fez com que a sua doutrina, assim como a própria cultura fosse rapidamente assimilada pela população até 1201, ano da aparição da mais terrível investida nómada da história dos mongóis.

Genghis Khan, líder mongol, unificou as suas tribos, propondo o domínio do mundo apoiado na invencibilidade da sua cavalaria, e após a queda de Pequim em 1215, exigiu a submissão da Ásia Central. Ao negar-se perante tal cenário, consequentemente Genghis Khan conquistou a Ásia Central em 1218 com uma devastadora campanha, sendo esta região em particular, considerada como a região do mundo mais duramente castigada pela passagem dos mongóis. Os constantes conflitos entre os diversos estados mongóis conduziram ao declínio do seu império e a progressiva islamização de determinados estados e respetivos dirigentes de clãs Chagatay Turcomongís. Neste contexto, surge a figura lendária da Ásia Central, Tamerland.

Nascido em Shajrishav, Tamerland rapidamente se tornou num extraordinário militar, desejoso de imitar façanhas e glórias de Genghis Khan. Reuniu em torno dele, um forte contingente militar e, em 1370, converteu-se no “Senhor de Mawarannhar”. Tal como Genghis Khan, usou sistematicamente o terror como a arma psicológica nas suas campanhas para desmoralizar os seus adversários e, consequentemente adicionou ao seu vasto império regiões como a Mesopotâmia, o Cáucaso, o Irão, o Afeganistão e a India. Tamerland foi também um cultivador de artes e cultura, estabelecendo na capital de Samarcanda impressionantes monumentos como o Gur Emir e a Mesquita de Bibí – Janim.

O reinado de Sha Rukh, filho de e sucessor de Tamerland, foi um período de consolidação, trás as devastadoras campanhas do seu pai, quando a rota da seda volta a alcançar grande dinamismo e Ulugbek, neto de Tamerland, posteriormente passaria como governador cientifico, construindo o observatório astronómico de Samarcanda, no qual de realizaram medições assombrosas pela sua exatidão.

De 1505 a 1513 ocorreu uma sangrenta guerra entre os descendentes de Tamerland e Uzbecos, pelo domínio da Ásia Central, determinando a decadência dos Uzbecos. Ao isolamento geográfico desde meados do século XVI, adicionou-se o rápido declínio da Rota da Seda, com a transferência de todo o comércio entre a China, India e Europa, pela rota marítima que margeava Africa pelo Cabo da Boa Esperança e a epidemia que assolou toda a área em 1590. Este estacionamento económico e cultural acentuou-se durante os séculos XVII e XVIII, unindo aos factores anteriormente indicados, a desagregação política.

No início do século XIX perto de 3200 km separavam a India britânica das regiões extremas da Rússia Czarista. O império russo iniciou, então, a sua expansão e estendeu-se pela Ásia Central, sendo este período, o designado período do “Grande Jogo”, geralmente considerado como o período decorrente entre 1813 e a Convenção Anglo – Russa de 1907.

Nesta região, a sua entrada deu-se após a vitória fulgurante do general Mikhail Tcherniaev, subjugando inicialmente Bukhara e Khiva e seguidamente, o Leste do atual Uzbequistão, incluindo Tashkent. No ano de 1870, os territórios conquistados foram reagrupados num ajuntamento administrativo sob o nome de Turquistão.

O Uzbequistão, como nação única e distinta, apenas existe desde 27 de Outubro de 1924, quando diversas entidades territoriais da Ásia Central foram reunidas na Republica Socialista Soviética do Uzbequistão, integrando no ano seguinte a URSS. Durante a Segunda Guerra Mundial, o Uzbequistão acolheu várias centenas de milhar de famílias soviéticas em fuga das invasões hitlerianas a ocidente, acelerando a russificação da república, principalmente a capital, Tashkent. A 31 de Agosto de 1991, o Uzbequistão declarou a sua independência, mesmo que relutante, marcando o 01 de Setembro como feriado nacional.

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