O que conhecemos hoje como Nepal era, até recentemente, um agrupamento de pequenos principados independentes que dominavam pequenas áreas, principalmente na região do Vale de Kathmandu.
Os principados comerciavam com o Tibete e com a Índia. A cultura nepalesa desabrochou durante o reinado da dinastia Malla, que subiu ao poder no século XIII d.C. e que reinou até 1769. Em 1482 o reino foi dividido entre 3 irmãos e 1 irmã. Cada um ficou com uma cidade do Vale, – Kathmandu, Baktapur, Patan e Banepa – e cada um estabeleceu uma dinastia que competia com as outras em beleza arquitetónicas. Grande parte dos templos e Durbars (praça dos palácios reais) são deste período. Em 1769 após uma campanha militar que durou 10 anos, Prithvi Narayan Shah, regente de uma região chamada de Gorkha, a 3 dias de caminhada a oeste de Kathmandu, conquistou o Vale de Kathmandu e unificou o país estabelecendo uma dinastia que reina o Nepal até hoje.
Da pré-história á Cultura Kirati
A pré-história do Nepal não é clara até o século VIII a.C. Conta a lenda que o Vale de Kathmandu foi, nas suas origens, um belo lago onde flutuava a flor de lótus e por onde emanava uma luz mágica. O patriarca chino Manjushri decidiu, diante de tanta beleza, drenar a água do lago para que a flor pousasse no solo. No lugar que o lótus posou, o patriarca construiu um templo, a estupa de Swayambhunath e uma pequena aldeia de madeira denominada Manjupatan. Para quem desconhece esta lenda, até que contém alguma verdade até porque alguns geólogos comprovaram que o Vale esteve, na antiguidade, coberto de água.
No século VIII a.C. aparece a Cultura Kirati, com a invasão destes povos que fundaram no vale um reino no qual governaram 28 monarcas sendo Yalambar o mais famoso. Os Kirati eram avezados comerciantes e ganadeiros.
Os Reinos de Lichhavis, os Takuris os Mallas e os Reinas
Após a cultura Kirati, teve inicio o reino dos Lichhavis, procedentes da Índia, e reinaram desde o século IV ao VII d.C.
Os Takuris tiveram como principal monarca Amshurvarma, sucedendo-o a Dinastia Gupta que conseguiu tornar este país, um reinado independente.
Do século XIII ao XVIII subiram ao poder os Mallas que consolidaram a hegemonia do Nepal.
Em meados do século XIX, Jung Bahadur Rana assumiu o poder assassinando o monarca legítimo que governava sob o título de Primeiro-ministro Rana. Os Rana governaram durante um século até que em 1940 uma revolta popular acabou com esta ditadura.
Do regresso do Rei Tribhuvan Bir Bikram á democracia multipartidária
Em 1951 regressa ao Nepal o rei Tribhuvan Bir Bikram que falece quatro anos depois e é substituído pelo seu filho Mahendra Bir Bikram Shah. O país ingressa na Organização das Nações Unidas. Em 1959 promulga-se uma nova Constituição e celebram-se as primeiras eleições do país e vence o Partido do Congresso. Todavia, um ano depois, o monarca acaba com a incipiente democracia declarando ineficaz o sistema parlamentar.
A partir de 1961 proclama-se um sistema de democracia dirigida sem partidos políticos. Em 1972 morre o rei e é sucedido pelo seu filho Birendra que continua com a mesma política do seu pai. Em 1980 uma consulta popular retifica o poder do rei desprezando a democracia parlamentar.
Em 1990 o rei dissolve a Assembleia e forma-se um novo governo com K.P. Bhattaral como primeiro-ministro. O monarca apresenta uma nova Constituição na que se estabelece a democracia multipartidária.
Onde Ficar no Nepal
Kathmandu, a capital, cidade mais populosa e principal ponto de entrada no Nepal, é também o destino que conta com a mais vasta e variada oferta de alojamento turístico no “Teto do Mundo”.
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